Hilária Batista de Almeida era o nome de batismo de Tia Ciata. Nascida em 13 de janeiro de 1854 no Recôncavo baiano, se mudou para o Rio de Janeiro, com apenas 22 anos, no êxodo que ficou conhecido como diáspora baiana.
Tia Ciata se tornou a mais famosa das chamadas “tias” baianas da cidade maravilhosa e teve um importante papel no cenário de surgimento do samba carioca no final do século XIX e início do XX. Cozinheira, Ciata era também mãe de santo e recebia diversos músicos em sua casa para compor e tocar samba. Além disso, promovia a cultura popular trazida da Bahia e era uma das principais articuladoras da cultura negra nas nascentes favelas cariocas em uma época que as manifestações culturais do povo negro eram proibidas.
Entre os frequentadores habituais da casa de Ciata pode-se citar Pixinguinha, Donga, Heitor dos Prazeres, João da Baiana, Sinhô e Mauro de Almeida. No final de 1916 a música “Pelo telefone”, cantada por Sinhô, tornou-se o primeiro samba a ser gravado e virou sucesso no carnaval de 1917.
