María Teresa Carreño foi considerada a maior pianista da sua época, compositora, pedagoga, cantora de ópera e Diretora da Orquestra Venezuelana. Nascida em Caracas em 22 de dezembro de 1853, era neta de Cayetano Carreño e recebeu as primeiras lições musicais de seu pai, Manoel Antônio Carreño, que escreveu para ela 500 exercícios de técnica pianística.
Aos 8 anos de idade viajou com sua família para Nova Iorque (Estados Unidos), onde teve aulas com Luís Moreau Gottschalk (1862). Aos 9 fez sua primeira aparição pública, iniciando uma triunfante carreira de concertista.
Como cantora interpretou na Escócia a Rainha de Les Huguenots, de Meyerber, e em Nova York, de Mozart, um dos papéis de Don Giovani. Como compositora legou dezenas de obras para piano, música de câmara e canto. Sua carreira surpreendia pela extensão geográfica, percorrendo quase toda a Europa, Rússia, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e América do Sul. Foram inúmeras as suas turnês pelo Estados Unidos. Dominavam em seus recitais obras de Beethoven, Schubert, Mendelssohn, Chopin, Liszt, Schumann, mas também Grieg, Tchaikovsky e suas próprias composições.
A Filarmônica de Mulheres do Espírito Santo (Femes) apresenta em seu repertório diversas obras da compositora, sobretudo nos concertos da série Cantos de Luz e Sombras.