Mulheres na música: Hildegarda

Hildegarda de Bingen nasceu na Alemanha em 1098, sendo a décima e última filha de uma família nobre. Desde a infância já tinha visões místicas por isso foi oferecida a Deus como dízimo e confiada aos oito anos de idade para morar em um mosteiro.

Algumas de suas experiências com o sagrado são retratadas no livro Vita Sancte Hildegardis (Vida de Santa Hildegarda), sua principal fonte biográfica. Foi escrito por dois monges, Godofredo de Disibodenberg e Teodorico de Echternach, entre 1173 e 1190.

Santa Hildegarda não é conhecida do grande público, porém possui histórias e feitos impressionantes para a fé cristã em uma época em que não era comum mulheres participarem das decisões políticas e religiosas. Ele criou a Lingua Ignota, ou “língua desconhecida”, a primeira língua artificial da história. Além de mística, foi médica, poetisa, dramaturga, mestra do mosteiro de Rupertsberg e compositora. Compôs obras musicais inovadoras, que foram redescobertas em 1979 – 800 anos após sua morte -, e passaram a ser gravadas e celebradas pela classe musical.

Reverenciada desde antes de morrer e cultuada como santa antes de ser canonizada em 2012, ela também é Doutora da Igreja, título dado a certos santos por causa de sua erudição.

Toda a sua obra, que abrange vários domínios do saber, foi escrita em latim. Segundo declarou a santa, tudo lhe foi revelado pela Luz Divina, à exceção das obras científicas e médicas. As obras escritas por Santa Hildegarda abrangem várias áreas do conhecimento: teologia, hagiografia, música, poesia, linguística, ciências naturais e medicina. São as mais conhecidas “A Ordem das Virtudes” e “Sinfonia da Harmonia das Revelações Celestes”.

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