Alguns cantores costumam fazer gargarejos com bebidas alcoólicas para “esquentar” a voz ou aliviar uma inflamação da garganta. A bebida, de fato, tem efeito anestésico, mas o cantor(a) pode acabar por cometer excessos e até comprometer a afinação sem perceber. Somado a isso, o álcool ainda provoca desidratação o que aumenta o risco de lesionar as pregas vocais. O consumo de álcool provoca o relaxamento do corpo e uma espécie de anestesia temporária, com isso, vem a desinibição e o esforço para cantar é momentaneamente minimizado, mas com o tempo podem surgir problemas muito sérios.
Bebidas destiladas como uísque, conhaque e cachaça (o “cachamel” e o “limãozinho” têm fama de fazer bem à voz) irritam e agridem mais intensamente os tecidos, sendo piores para a saúde vocal, principalmente quando associadas às fermentadas como a cerveja e o vinho. O risco de dano pode variar de acordo com a quantidade e frequência ingerida, mas existem outros fatores determinantes como características físicas individuais de tamanho e peso corporal, ou seja, até a própria genética é fator determinante. Portanto, ingerir uma pequena quantidade de bebida alcoólica não é bom para cantar, é um mito!