Amy Beach nasceu em New Hampshire, Estados Unidos, em 5 de setembro de 1867. Filha da talentosa pianista e cantora amadora Clara Imogene, Amy era uma criança prodígio: com apenas 2 anos de idade já podia cantar em harmonia com sua mãe. Aos 6, começou a ter aulas de piano e aos 7 tocava sonatas de Beethoven e composições próprias.
Apesar disso, Amy enfrentou muitos obstáculos de gênero ao longo de sua carreira, visto que naquela época não era de bom tom que mulheres tivessem carreiras fora de casa, razão pela qual sua família relutou em permitir seu crescimento como pianista. Em sua carreira como compositora não foi muito diferente, enquanto compositores homens norte-americanos costumavam viajar para a Europa para receber aulas particulares de composição, Amy precisou estudar como autodidata. A artista, então, se dedicou a uma imersão em repertórios de orquestra, comparando partituras com performances que ela ouvia na Boston Symphony.
Com 18 anos, Amy se casou com o médico Henry Beach e durante este período decidiu restringir seus recitais públicos de modo a se alinhar com as expectativas de uma esposa da alta classe norte-americana. Entretanto, após a morte de sua mãe e marido, decidiu recomeçar sua carreira e viajou a Europa em turnê de 1911 a 1914.
Ficou conhecida por seu vasto repertório: ela compôs estilos complexos de músicas e sinfonias e contou com inúmeros solos, óperas e performances pelo mundo. Seu hit “Ecstasy” atingiu mais de 1.000 performances. Em 1896, a artista atingiu seu ponto máximo com o lançamento da “Gaelic” Symphony, a primeira sinfonia a ser composta e interpretada por uma musicista norte-americana.
Ao longo de sua vida, Amy provou que as mulheres podem atuar com alto nível em qualquer área. Consequentemente, ela logo se tornou um emblema da luta feminista: durante o movimento sufragista, a artista era frequentemente citada como símbolo das conquistas das mulheres.
Amy faleceu em 1944, em Nova York. Apesar de seu vasto repertório e conquistas, a artista foi rapidamente esquecida. Em 1990, compositoras trouxeram seu trabalho de volta à luz e cumprimentaram Amy por sua bravura em um tempo em que as mulheres sofriam grande opressão. A artista recebeu um lugar no “The Shell”, parede que grava os nomes dos artistas mais influentes. Em 1999, ela também recebeu um lugar de prestígio no American Classical Music Hall of Fame.