Francesca Caccini nasceu em Florença, Itália, em 18 de setembro de 1587. Foi a primeira compositora de que se tem notícia a escrever uma ópera. Além de ser autora de uma vasta produção musical, foi a artista – cantora e compositora – melhor remunerada na Corte Toscana. Tamanho foi o sucesso que acabou convidada a integrar o serviço musical da Corte Francesa.
A família de Caccini era repleta de exímios cantores. A mãe, Lucia Caccini, cantava na Corte de Medici, já o pai, Giullio Romano Caccini, foi um dos criadores da nova música da Era Barroca, que privilegiava a monodia (uma linha musical cantada por solista) à polifonia (várias vozes em contraponto, característica da música Renascentista). Logo Francesca foi criada em um ambiente culto e com ideias modernas para a época. O acesso à literatura e ao ensino de diversos instrumentos também favoreceu seu precoce destaque na história das mulheres, principalmente no âmbito da música erudita.
Devido ao prestígio do pai, Francesca pôde ser empregada como cantora, compositora e professora pela Corte Florentina em 1607. Além do bom salário, o contrato proporcionou um dote e um casamento arranjado com o cantor Giovanni Battista Signorini que durou até seu falecimento em dezembro 1626.
Em outubro de 1627, Francesca se casou outra vez, agora com um nobre amante da música, Tommaso Raffaelli, tendo um relacionamento musical com sua família até a morte dele em 1630.
Em 1634, voltou a Florença e se tornou professora de música. Também compôs e apresentou música de câmara e fez pequenos espetáculos para a corte das mulheres. Caccini deixou seus serviços em 8 de maio de 1641 e não foi mais citada nos registros públicos.
